terça-feira, 30 de novembro de 2010

Reformadores de Júri

“Há, em verdade, na questão do Júri, Duas classes de reformadores distintas: a dos seus adeptos, que crentes na eficácia da instituição, se empenham em aperfeiçoá-la, e a dos seus antagonistas, que mediante providências inspiradas no pensamento oposto, buscam cercear e desnaturar progressivamente essa tradição, até que a eliminem. Os segundos usam também o nome de reformadores, quando o que lhes realmente cabe seria o de abolicionistas: porque a tendência dos seus alvitres é, se nem sempre confessada, ao menos sempre manifesta, a abolição do júri.” (Ruy Barbosa)

Frescura feminina, se lascou

Uma mulher foi levada às pressas para o CTI de um hospital.
Lá chegando, teve a chamada 'quase morte', que é uma situação pré-coma.
E, neste estado, encontrou-se com Deus:
- Que é isso? - perguntou ao Criador - Eu morri?
- Não, pelos meus cálculos você morrerá daqui a 43 anos, 8 meses, 9 dias e 16 horas - respondeu o Eterno.
Ao voltar a si, refletindo o quanto tempo ainda tinha de vida, resolveu ficar ali mesmo naquele hospital e fez uma lipoaspiração, uma plástica de restauração dos seios, plástica no rosto, correção no nariz, na barriga, tirou todos os excessos, as ruguinhas e tudo mais que podia mexer para ficar linda e jovial.
Após alguns dias de sua alta médica, ao atravessar a rua, veio um veículo em alta velocidade e a atropelou, matando-a na hora.
Ao encontrar-se de novo com Deus, ela perguntou irritada:
- Puxa, Senhor, você me disse que eu tinha mais 43 anos de vida. Por que morri depois de toda aquela despesa com cirurgias plásticas!!???
E Deus aproximou-se bem dela e, olhando-a diretamente nos olhos, respondeu:
- MENINA! EU NÃO TE RECONHECI !!!........

Lugar de mulher é em casa

Quando eu digo que lugar de mulher é em casa, recebo criticas das feministas e dos afeminados.

Vejam a história abaixo e vocês irão concordar comigo.

Querida, está tudo em ordem durante sua ausência. Aquela senhora que você contratou para cuidar da casa durante a sua viagem ficou doente e não pode vir, mas estou me virando bem.
Estou preparando meu próprio jantar. Só não estou limpando a casa nem lavando a roupa suja.
Está dando tudo certo. Ontem fiz batata frita. Ficou bom. Era preciso descascar a batata? A panela de pressão ficou bem suja, aí a deixei de molho no sabão em pó com um pouco de desinfetante.
Quanto tempo precisa pra cozinhar ovos? Já deixei eles fervendo por duas horas, mas ficaram duros que nem pedra.. Da próxima vez, vou deixar menos tempo.
Ontem tive um contratempo cozinhando as ervilhas. Coloquei a lata no microondas e ele explodiu. Acho que tinha que abrir a lata, né? Mas hoje vou fazer um macarrão, que é bem mais fácil. Até já deixei ele de molho na água fria, pra cozinhar mais rápido, já que o micro-ondas quebrou.
Já aconteceu contigo de a louça suja criar mofo? Como é possível isso acontecer em tão pouco tempo?
Aliás, atrás da pia tem de tudo que é bicho, daqui a pouco vai dar pra fazer um documentário e vender pro Nacional Geografic. hehehehe, brincadeirinha! !!
No domingo eu emporcalhei o tapete persa com molho de tomate e mostarda do cachorro quente. Você sempre me dizia que mancha de molho de tomate não sai. Passei um pouco de gasolina que tirei do carro, e a mancha saiu. Ficou meio branco no lugar, mas arrastei o sofá em cima da mancha e nem dá pra perceber. Até você voltar, o cheiro deverá desaparecer.
A geladeira estava criando muito gelo, então tive que fazer um defrost nela. O gelo sai fácil se você raspar ele com uma espátula de pedreiro! Ficou ótimo, foi fácil e rápido, agora a geladeira está gelando bem pouco, acho que vai demorar bastante pra juntar gelo de novo.
No mais, na última quinta-feira quando sai para o trabalho acho que me esqueci de trancar a porta. Alguém deve ter entrado no nosso apartamento porque estão faltando alguns objetos, inclusive aquele vaso de marfim que seu bisavô trouxe da África. Mas como você sempre diz o dinheiro não traz felicidade. O seu guarda-roupa também está meio vazio, mas acho que não devem ter levado muita coisa, afinal você sempre diz que nunca tem nada pra vestir. Ah, também não achei seus sapatos.
Sei que está pensando nas suas plantas, mas eu estou molhando elas direitinho. Até fervi a água ontem, pois estava muito frio e achei que não ia fazer bem molhar elas com água fria.
PS: Sua mãe deu uma passada aqui pra ver como estavam as coisas. Ela entrou e começou a gritar, e daí sofreu um infarto.
O velório foi ontem à tarde, mas preferi não te contar pra não te aborrecer à toa.
Volte logo, estou com saudades.

domingo, 28 de novembro de 2010

Pessoas que admiro - Deputado Jair Bolsonaro


 Hoje presto uma homenagem, a um dos poucos parlamentares que orgulham a nação brasileira.
Seria de muita valia se cada estado brasileiro tivesse um Jair Bolsonaro na assembleia legislativa e no congresso nacional.

Jair Messias Bolsonaro (Campinas, 21 de março de 1955) é um militar e político brasileiro. Ele cumpre sua quinta legislatura na Câmara dos Deputados do Brasil. É pai de Carlos Bolsonaro, eleito vereador aos 17 anos de idade em outubro de 2000, tornando-se o mais jovem vereador da história do Brasil.

Vida militar

Bolsonaro cursou a Escola Preparatória de Cadetes do Exército e em seguida a Academia Militar das Agulhas Negras, turma de 1977. Integrou a Brigada de Infantaria Pára-quedista, onde especializou-se em paraquedismo. Posteriormente também desenvolveu-se em mergulho autônomo. Foi casado com Rogéria Bolsonaro, a quem ajudou a eleger vereadora da capital fluminense em 1992 e 1996, com que teve três filhos: Flávio Bolsonaro - deputado estadual fluminense, Carlos Bolsonaro - assim como o pai e mãe - vereador da cidade do Rio de Janeiro, e Eduardo. De seu segundo casamento com Ana Cristina, teve Renan.

Em 1986, já capitão, foi preso por quinze dias por liderar manifestação por melhoria dos soldos. Seria absolvido pelo Supremo Tribunal Militar dois anos depois.

Vida política

Em 1988 entrou na vida publica elegendo-se vereador da cidade do Rio de Janeiro pelo PDC. Nas eleições de 1990, já pelo PPB, elegeu-se deputado federal. Seguiria-se outros quatro mandatos seguidos. Pertenceu ao PTB (2003-2005), PFL (2005), e desde 2005, é filiado ao PP.

Ficou conhecido por suas idéias de cunho nacionalista, conservador, criticando fortemente o comunismo e as esquerdas e por declarações polêmicas.

É o único parlamentar brasileiro a defender abertamente o Regime militar ditatorial instalado no Brasil em abril de 1964, que - segundo ele, foi necessário para impedir a instalação de um regime comunista totalitário ao estilo soviético.

Representante das Forças Armadas brasileiras na Câmara dos Deputados, sua principal luta é a recomposição salarial dos militares.

Polêmicas

Em 2000, Jair Bolsonaro defendeu, numa entrevista à revista IstoÉ, a utilização da tortura em casos de tráfico de droga e seqüestro e a execução sumária em casos de crime premeditado.

Em 11 de novembro de 2003, Bolsonaro discutiu com a deputada Maria do Rosário, do Partido dos Trabalhadores, sob as lentes das emissoras de televisão que gravavam uma entrevista com o deputado no Congresso Nacional. Na ocasião, Bolsonaro afirmou que os menores de 16 anos deveriam ser penalmente imputáveis, ao que a deputada reagiu contrariamente. Bolsonaro, então, teria dito a deputada que chamasse o marginal Champinha (ver Caso Liana Friedenbach e Felipe Caffé) para ser motorista da sua filha pequena. A discussão resultou em ofensas pessoais, com Rosário chamando-o de "desequilibrado" e "estuprador", e ele respondendo a ofensa chamando-a de "vagabunda". Rosário, revoltada, saiu chorando do local. Pouco tempo depois, o Partido dos Trabalhadores representou contra o deputado em razão do ocorrido.

Já fez duras críticas tanto ao Governo Lula como de Fernando Henrique Cardoso, cujo fuzilamento defendeu em sessão da Câmara.

Em 2006, como forma de protesto contra a formulação de políticas de cotas raciais nas universidades públicas, o deputado apresentou um projeto de lei complementar na Câmara dos Deputados, propondo o estabelecimento de cotas para deputados negros e pardos. Bolsonaro admitiu em seguida que, se o projeto fosse à votação, seria contra ele.

Em 2008, foi o único deputado do Rio de Janeiro a votar contra o projeto de lei para ampliar o uso de armas não-letais, justificando que esse tipo de recurso já é utilizado.

Também ganhou notoriedade pelos comentários críticos à política indígena do Governo Federal, em um de seus pronunciamentos em uma audiência na Câmara dos Deputados, que tratava sobre a questão indígena em Roraima.

Sentido-se constrangido e ofendido com os comentários do parlamentar sobre o ministro da Justiça Tarso Genro, uma das lideranças do sateré-maués presentes na audiência pública chegou até mesmo a atirar um copo de água em sua direção.[11]. Após o episódio, Bolsonaro fez a seguinte declaração:

É um índio que está a soldo aqui em Brasília, veio de avião, vai agora comer uma costelinha de porco, tomar um chope, provavelmente um uísque, e quem sabe telefonar para alguém para a noite sua ser mais agradável. Esse é o índio que vem falar aqui de reserva indígena. Ele devia ir comer um capim ali fora para manter as suas origens[12].



Teme algum dia ser cassado por suas declarações?
Não. Se um soldado está na guerra e tem medo de morrer, é um covarde. Se eu fosse cassado, seria o parlamentar cortando seu próprio direito de opinião, palavra e voto. Tenho poucos inimigos dentro da Câmara.

Ainda acha que o presidente deveria ser fuzilado?
Eu não errei em falar isso naquele local, naquela oportunidade e naquele momento. E acho que tenho o direito de falar. Eu não xinguei o presidente, nem disse que ele não conhece o pai dele. Acho que o fuzilamento é uma coisa até honrosa para certas pessoas.

Isso não é incitação ao crime?
Se eu estivesse conspirando, não falaria isso. Não é difícil matar o presidente. Só tem que ter coragem. O esquema de segurança dele é falho. Por exemplo, tenho uma casa no litoral em Mambucabinha, próxima do local onde ele passeia quando vai a Angra dos Reis. Sou primeiro lugar no curso de mergulho do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro. Bastava planejar. E as chances de sucesso de se cumprir a missão são grandes. Não é difícil eliminar uma autoridade no País. Isso até serve para alertar o presidente.

Como isso seria feito?
Tudo depende de planejamento. Pode-se pegar uma arma com mira e matar o presidente em Brasília. Com uma besta (espécie de arco e flecha) dá para eliminar uma pessoa a 200 metros. Até com um canivete dá para chegar no cangote do presidente. Mas quero deixar claro que não estou incitando ninguém a fazer. E não tenho nenhum plano para eliminar o presidente. Eu não partiria para uma missão suicida.

O senhor fuzilou alguém?
Não. Eu já saquei arma uma vez. Estava indo a pé para o quartel, no Rio, por volta da meia-noite, e vi que estava sendo perseguido. O elemento então saiu correndo. Devia ser um ladrão barato.

Seus colegas de Congresso o consideram uma pessoa truculenta. Como o senhor é em casa?
Nunca bati na ex-mulher. Mas já tive vontade de fuzilá-la várias vezes. Também nunca dei um tapa num filho. Gosto de chamar para conversar, contar piadas.

O que levou ao fim seu casamento de 19 anos?
Meu primeiro relacionamento despencou depois que elegi a senhora Rogéria Bolsonaro vereadora, em 1992. Ela era uma dona-de-casa. Por minha causa, teve 7 mil votos na eleição. Acertamos um compromisso. Nas questões polêmicas, ela deveria ligar para o meu celular para decidir o voto dela. Mas começou a freqüentar o plenário e passou a ser influenciada pelos outros vereadores.

Não era uma atitude impositiva de sua parte?
Foi um compromisso. Eu a elegi. Ela tinha que seguir minhas idéias. Acho que sempre fui muito paciente e ela não soube respeitar o poder e liberdade que lhe dei. Mas estou muito feliz na minha segunda relação. Vivo muito bem com a Cristina.

O que o senhor acha da legalização do topless?
Não sou contra, não. Desde que seja com a mulher dos outros. Depois que todas as mulheres estiverem usando, aí a minha poderá usar. O fio dental foi um escândalo e hoje é normal. Tudo é evolução.

E sobre a legalização do aborto?
Tem de ser uma decisão do casal.

O senhor já viveu tal situação?
Já. Passei para a companheira. E a decisão dela foi manter. Está ali, ó. (Bolsonaro aponta para a foto no mural de seu filho mais novo, Jair Renan, de 1 ano e meio, com Cristina.)

O senhor segue alguma religião?
Eu acredito em Deus. Sou católico. Mas é coisa rara ir à Igreja. Eu já li a Bíblia inteirinha, com atenção. Levei uns sete anos para ler. Você tem bons exemplos ali. Está escrito: "A árvore que não der frutos, deve ser cortada e lançada ao fogo". Eu sou favorável à pena de morte.

Pena de morte é a solução?
Acho que um elemento que pratica um crime premeditado não pode ter direitos humanos. O José Gregori (secretário nacional dos Direitos Humanos) fala em indenizar os familiares dos 111 mortos no Carandiru. E ele não dá uma palavra às viúvas e órfãos que os 111 fizeram em sua vida de marginalidade.

A polícia agiu corretamente no Carandiru?
Continuo achando que perdeu-se a oportunidade de matar mil lá dentro. Pena de morte deve ser aplicada para qualquer crime premeditado.

Isto inclui tráfico de droga?
Aí é outra história, aí eu defendo a tortura. A pena de morte vai inibir o crime. Nunca vi alguém executado na cadeira elétrica voltar a matar alguém. É um a menos.

Em que outras situações o senhor defende a tortura?
Um traficante que age nas ruas contra nossos filhos tem que ser colocado no pau-de-arara imediatamente. Não tem direitos humanos nesse caso. É pau-de-arara, porrada. Para seqüestrador, a mesma coisa. O objetivo é fazer o cara abrir a boca. O cara tem que ser arrebentado para abrir o bico.

E a tortura praticada pela ditadura militar?
Admito que houve alguns abusos do regime militar, mas a tortura não foi em cima de um simples preso político. Aquelas pessoas estavam armadas e matavam. Só na Guerrilha do Araguaia perdemos 16 militares.

O senhor disse que o deputado José Genoino (PT-SP) era mentiroso e delatou seus companheiros da Guerrilha do Araguaia. O senhor tem provas?
Tenho informações seguras. Eu tenho orgulho de dizer que não fui um Genoino da vida, um deputado mariposa. O Genoino fala que pegou em armas por dois anos. O que ele fez nesses dois anos? Assaltou bancos, seqüestrou? Quantos ele matou?

O que pensa sobre a união civil entre pessoas do mesmo sexo?
Eu sou contra. Não posso admitir abrir a porta do meu apartamento e topar com um casal gay se despedindo com beijo na boca, e meu filho assistindo a isso.

Tem algum homossexual na família?
Graças a Deus, não. Eu desconheço. Se tivesse, nem quero pensar.

E como o senhor trata da liberação sexual com seus filhos?
Certas coisas não se pode ser contra ou a favor. Prefiro que um filho meu leve uma namoradinha para dentro de minha casa, num dia que eu não esteja lá, do que ele ser rendido na rua e assassinado dentro de um carro.

Como foi que o senhor perdeu a virgindade?
Com 17 anos de idade. Meio tarde, né? Meus filhos vão pegar no meu pé por causa disso. Eu estava na Escola Preparatória de Cadetes do Exército, em Campinas. Ninguém tinha dinheiro. Juntávamos uns 20 alunos, fazíamos um sorteio, íamos para o baixo meretrício e os cinco sorteados faziam fila com a mesma mulher.

Seu pai era agressivo em casa?
Eu não conversava com ele (Percy Geraldo Bolsonaro, morto em 1995) até os 28 anos de idade. Ele bebia descaradamente e brigava muito em casa, com minha mãe e os filhos. Mas nunca bateu em filho. Um dia constatei que não iria mudá-lo. Resolvi pagar uma pinga para ele. Nos tornamos grandes amigos.

Por que decidiu ser militar?
Por causa do Lamarca. Eu tinha 15 anos de idade, usava cabelo com gumex, calça boca-de-sino, sapato "cavalo de aço", quando o Lamarca passou por Eldorado Paulista, em 1970. O Exército chegou lá. Eu então conheci e me apaixonei pelo Exército brasileiro.

Envie esta página para um amigoPretende disputar nova eleição para a Câmara?
Tenho que ficar com os cabelos mais brancos para um dia tentar um cargo no Executivo. Na Prefeitura do Rio de Janeiro, para eu fazer meu nome. Daí, quando perguntarem sobre enchente num debate, eu vou responder sobre reservas indígenas. Não estou preocupado em ser prefeito, eu quero espaço, quero mostrar o que a mídia não mostra.


REPORTERDECRIME Por que 1964 desecadeou tanta violência no país?

BOLSONARO O governo se fez enérgico. Os que pegaram em armas acusavam os militares de violentos, buscando votos e indenizações milionárias. Fidel castro financiava a luta armada. Só um idiota pode acreditar que o Diabo Ditador queria implantar uma democracia no Brasil. Entreviste agora cem pessoas com mais de de 60 anos. Noventa e nove dirão que têm saudades dos governos militares. Médici era ovacionado no Maracanã.

REPORTERDECRIME O que mais ameaçou a ordem institucional? Os crimes dos "subversivos" ou a prática sistemática de tortura e desaparecimento dos opositores?

BOLSONARO A esquerda treinada em Cuba e não podia receber outro tratamento. O PCC de hoje pode ser combatido sem energia? No Brasil foram 300 (mortos). Em Cuba, 30 mil. O PSOL de Chico votou contra a moção de apoio e liberdade aos presos politicos cubanos. Os financiados por Fidel posam de vítimas na busca de votos e indenizações. O PNDH3 censura a mídia, abole símblos religiosos, etc.

REPORTERDECRIME Quais as consequências para toda uma geração da censura à imprensa e às artes no regime militar?

BOLSONARO O Brasil exportando novelas, gays ganhando BBBs, PSOL defendendo a não extradição do criminoso Battisti. Vivemos no Império da violência e da corrupção. Nenhum militar se enriqueceu no poder. Hoje qualquer ASPONE mora no Lago DF. Wilson Simonal foi perseguido pela esquerda. Daquela época temos Roberto Carlos, Jair Rodrigues, Caetano Veloso e outros.

REPORTERDECRIME Que efeitos mais perversos podem gerar a censura à imprensa numa ditadura como foi a de 64?

BOLSONARO Chico afirma que os jornalistas de hoje são menores. Só os são porque a grana da propaganda oficial censura. Jô Soares fez show na Academia Militar das Agulhas Negras, em 1974. Como cadete paguei p/ vê-lo. Q CENSURA É ESSA? EM "DITADURA" SEM PAREDÃO, ATÉ CHICO ALENCAR É VALENTÃO. Mostrem ao povo as marcas da tortura. Vocês estão de bolso cheio do Bolsa-Ditadura.

REPORTERDECRIME Na sua opinião qual foi o custo do milagre econômico do regime militar para o endividamento interno?

BOLSONARO Passamos da 49a. para a 8a. economia do mundo. Pleno emprego. Hidrelétricas, portos, Ponte Rio-Niterói, etc. De ruim, nasceu o PT em 1980. Compare os 20 anos dos militares com 16 de Lula/ FHC. Sem nossas obras, o Brasil seria um Paraguai piorado. Nenhum militar ficou rico. O PIB de Médici, Geisel e Costa e Silva foram muito maiores que os de Lula e FHC. Tentam desqualificar chamando de milagre este período.

REPORTERDECRIME Qual foi na sua opinião a maior herança política de 64?

BOLSONARO: Os cassados voltaram. "Vivemos num mar de ética e horror à corrupção." Hoje falta um AI-5 para os esquerdóides do Mensalão. A esquerda na oposição queria CPI pra tudo. Hoje CPI é palavrão. Enganaram trouxas para conseguir voto fácil. Otário é para estas coisas. O Bolsa-farelo (família) vai manter esta turma no Poder.

http://www.bolsonaro.com.br/jair/
http://www.terra.com.br/istoegente/28/reportagens/entrev_jair.htm
http://oglobo.globo.com/rio/ancelmo/reporterdecrime/posts/2010/04/01/chico-alencar-jair-bolsonaro-debatem-46-anos-de-64-280015.asp
http://twitter.com/depbolsonaro

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

A saga de um porco

A Saga de um PORCO!


Che

Há 40 anos morria o homem e nascia a farsa


"Não disparem. Sou Che. Valho mais vivo do que morto." Há quarenta anos, no dia 8 de outubro de 1967, essa frase foi gritada por um guerrilheiro maltrapilho e sujo metido em uma grota nos confins da Bolívia. Nunca mais foi lembrada. Seu esquecimento deve-se ao fato de que o pedido de misericórdia, o apelo desesperado pela própria vida e o reconhecimento sem disfarce da derrota não combinam com a aura mitológica criada em torno de tudo o que se refere à vida e à morte de Ernesto Guevara Lynch de la Serna, argentino de Rosário, o Che, que antes, para os companheiros, era apenas "el chancho", o porco, porque não gostava de banho e "tinha cheiro de rim fervido".
Diogo Schelp e Duda Teixeira ÀS VÉSPERAS DO GOLPE
Che em Caballete de Casas, em Cuba, em 1958: exceto na revolução cubana, sua vida foi uma seqüência de fracassos. Como guerrilheiro, foi derrotado no Congo e na Bolívia
Essa é a realidade esquecida. No mito, sempre lembrado, ecoam as palavras ditas ao tenente boliviano Mário Terán, encarregado de sua execução, e que parecia hesitar em apertar o gatilho: "Você vai matar um homem". Essas, sim, servem de corolário perfeito a um guerreiro disposto ao sacrifício em nome de ideais que valem mais que a própria vida. Ambas as frases foram relatadas por várias testemunhas e meticulosamente anotadas pelo capitão Gary Prado Salmón, do Exército boliviano, responsável pela captura de Che. Provenientes das mesmas fontes, merecem, portanto, idêntica credibilidade. O esquecimento de uma frase e a perpetuação da outra resumem o sucesso da máquina de propaganda marxista na elaboração de seu maior e até então intocado mito. Che tem um apelo que beira a lenda entre os jovens dos cinco continentes. Como homem de carne e osso, com suas fraquezas, sua maníaca necessidade de matar pessoas, sua crença inabalável na violência política e a busca incessante da morte gloriosa, foi um ser desprezível. "Ele era adepto do totalitarismo até o último pêlo do corpo", escreveu sobre ele o jornalista francês Régis Debray, que por alguns meses conviveu com Che na Bolívia.
Por suas convicções ideológicas, Che tem seu lugar assegurado na mesma lata de lixo onde a história já arremessou há tempos outros teóricos e práticos do comunismo, como Lenin, Stalin, Trotsky, Mao e Fidel Castro. Entre a captura e a execução de Che na Bolívia, passaram-se 24 horas. Nesse período, o governo boliviano e os americanos da CIA que ajudaram na operação decidiram entre si o destino de Guevara. Execução sumária? Não para os padrões de Che. Centenas de homens que ele fuzilou em Cuba tiveram sua sorte selada em ritos sumários cujas deliberações muitas vezes não passavam de dez minutos.
VEJA conversou com historiadores, biógrafos, antigos companheiros de Che na guerrilha e no governo cubano na tentativa de entender como o rosto de um apologista da violência, voluntarioso e autoritário, foi parar no biquíni de Gisele Bündchen, no braço de Maradona, na barriga de Mike Tyson, em pôsteres e camisetas. Seu retrato clássico – feito pelo fotógrafo cubano Alberto Korda em 1960 – é a fotografia mais reproduzida de todos os tempos. O mito é particularmente enganoso por se sustentar no avesso do que o homem foi, pensou e realizou durante sua existência. Incapaz de compreender a vida em uma sociedade aberta e sempre disposto a eliminar a tiros os adversários – mesmo os que vestiam a mesma farda que ele –, Che é, paradoxalmente, visto como um símbolo da luta pela liberdade. Guevara é responsável direto pela morte de 49 jovens inexperientes recrutas que faziam o serviço militar obrigatório na Bolívia. Eles foram mobilizados para defender a soberania de sua pátria e expulsar os invasores cubanos, sob cujo fogo pereceram. Tendo ajudado a estabelecer um sistema de penúria em Cuba, Che agora é apresentado como um símbolo de justiça social. Politicamente dogmático, aferrado com unhas e dentes à rigidez do marxismo-leninismo em sua vertente mais totalitária, passa por livre-pensador.
O regime policialesco de Fidel Castro não permite que aqueles que conviveram com Che e permanecem em Cuba possam ir além da cinzenta ladainha oficial. Por isso, apesar do rancor que pode apimentar suas lembranças, os exilados cubanos são vozes de maior credibilidade. O movimento que derrubou o ditador Fulgencio Batista, em 1959, não foi uma ação de comunistas, como pretende Fidel Castro. Boa parte da liderança revolucionária e dos comandantes guerrilheiros tinha por objetivo a instauração da democracia em Cuba. Mas foi surpreendida por um golpe comunista dentro da revolução. Acabaram presos, fuzilados ou deportados. Desde o início, Che representou a linha dura pró-soviética, ao lado do irmão de Fidel, Raul Castro. Na versão mitológica, Che era dono de um talento militar excepcional. Seus ex-companheiros, no entanto, lembram-se dele como um comandante imprudente, irascível, rápido em ordenar execuções e mais rápido ainda em liderar seus camaradas para a morte, em guerras sem futuro no Congo e na Bolívia. Huber Matos, que lutou sob as ordens do argentino em Cuba, falou a VEJA sobre o fracasso de Che como comandante: "A luta foi difícil na primavera de 1958. A frente de comportamento mais desastroso foi a de Che. Mas isso não o afetou, porque era o favorito de Fidel, que nos impedia de discutir abertamente o trabalho pífio de seu protegido como guerrilheiro". Pouco depois do triunfo da guerrilha, ao perceber os primeiros sinais de tirania, Huber renunciou a seu posto no governo revolucionário e informou que voltaria a ser professor. Preso dois dias depois, passou vinte anos na cadeia. Vive hoje em Miami. À moda soviética, sua imagem foi removida das fotos feitas durante a entrada solene em Havana, em que aparecia ao lado de Fidel e Camilo Cienfuegos, outro comandante não comunista desaparecido em circunstâncias misteriosas nos primórdios da revolução.
Nomeado comandante da fortaleza La Cabaña, para onde eram levados presos políticos, Che Guevara a converteu em campo de extermínio. Nos seis meses sob seu comando, duas centenas de desafetos foram fuzilados, sendo que apenas uma minoria era formada por torturadores e outros agentes violentos do regime de Batista. A maioria era apenas gente incômoda.
Napoleon Vilaboa, membro do Movimento 26 de Julho e assessor de Che em La Cabaña, conta agora ter levado ao gabinete do chefe um detido chamado José Castaño, oficial de inteligência do Exército de Batista. Sobre Castaño não pesava nenhuma acusação que pudesse produzir uma sentença de morte. Fidel chegou a ligar para Che para depor a favor de Castaño. Tarde demais. Enquanto dava voltas em torno de sua mesa e da cadeira onde estava o militar, Che sacou a pistola 45 e o matou ali mesmo com balaços na cabeça. Em outra ocasião, Che foi procurado por uma mãe desesperada, que implorou pela soltura do filho, um menino de 15 anos preso por pichar muros com inscrições contra Fidel. Um soldado informou a Che que o jovem seria fuzilado dali a alguns dias. O comandante, então, ordenou que fosse executado imediatamente, "para que a senhora não passasse pela angústia de uma espera mais longa".
Em seu diário da campanha em Sierra Maestra, Che antecipa o seu comportamento em La Cabaña. Ele descreve com naturalidade como executou Eutímio Guerra, um rebelde acusado de colaborar com os soldados de Batista: "Acabei com o problema dando-lhe um tiro com uma pistola calibre 32 no lado direito do crânio, com o orifício de saída no lobo temporal direito. Ele arquejou um pouco e estava morto. Seus bens agora me pertenciam". Em outro momento, Che decidiu executar dois guerrilheiros acusados de ser informantes de Batista. Ele disse: "Essa gente, como é colaboradora da ditadura, tem de ser castigada com a morte". Como não havia provas contra a dupla, os outros rebeldes presentes se opuseram à decisão de Che. Sem lhes dar ouvidos, ele executou os dois com a própria pistola. Essa frieza e a crueldade sumiram atrás da moldura romântica que lhe emprestaram, construída pelos mesmos ideólogos que atribuíram a ele a frase famosa – "Hay que endurecerse, pero sin perder la ternura jamás". Frase criada pela propaganda esquerdista.
Como o jovem aventureiro que excursionou de motocicleta pelas Américas se tornou um assassino cruel e maníaco? O jornalista americano Jon Lee Anderson, autor da mais completa biografia de Che, escreveu que ele era um fatalista – e esse fatalismo aguçou-se depois que se juntou aos guerrilheiros cubanos. "Para ele, a realidade era apenas uma questão de preto e branco. Despertava toda manhã com a perspectiva de matar ou morrer pela causa", afirma Anderson.
Ernesto Guevara Lynch de la Serna nasceu em 14 de maio de 1928, em uma família de esquerdistas ricos na Argentina. Sofreu de asma a vida inteira. Antes de se formar em medicina, profissão que nunca exerceu de fato, viajou pela América do Sul durante oito meses. Depois de terminada a faculdade, saiu da Argentina para nunca mais voltar. Encontrou-se com Fidel Castro no México, em 1955, onde aprendeu técnicas de guerrilha. No ano seguinte, participou do desembarque em Cuba do pequeno contingente de revolucionários. Depois de dois anos de combates na Sierra Maestra, Fidel tomou o poder em Havana. Che ocupou-se primeiro dos fuzilamentos e, depois, da economia, assunto do qual nada entendia. José Illan, que foi vice-ministro de Finanças antes de fugir de Cuba, contou a VEJA que o argentino "desprezava os técnicos e tratava a nós, os jovens cubanos, com prepotência". No comando do Banco Central e depois do Ministério da Indústria, Che começou a nacionalizar a indústria e foi o principal defensor do controle estatal das fábricas. "Che era um utópico que acreditava que as coisas podiam ser feitas usando-se apenas a força de vontade", diz o historiador Pedro Corzo, do Instituto da Memória Histórica Cubana, em Miami. Como resultado de sua "força de vontade", a produção agrícola caiu pela metade e a indústria açucareira, o principal produto de exportação de Cuba, entrou em colapso. Em 1963, em estado de penúria, a ilha passou a viver da mesada enviada pela então União Soviética.
A "MALDIÇÃO DE SATURNO"
Com Fidel em Havana, em 1959: "Que esta revolução não devore seus próprios filhos", dizia Fidel. Ele fez o contrário. As últimas transmissões de rádio de Che na Bolívia foram ignoradas em Havana
CASADO COM SI PRÓPRIO
Che com sua segunda mulher, Aleida March, no dia de seu casamento, em Havana, em 1959. Elas não podiam competir com o "chamado da aventura"
Não havia mais o que Che pudesse fazer em Cuba. Era ministro da Indústria, mas divergia de Fidel em questões relativas ao desenvolvimento econômico. De maneira simplista, ele acreditava que incentivos morais tinham maiores probabilidades de estimular o trabalho. Che também se tornou crítico feroz da União Soviética, da qual o regime cubano dependia para sobreviver. Não por discordar do Kremlin, mas porque julgava os soviéticos tímidos na promoção da revolução armada no Terceiro Mundo. Para se livrar dele, Fidel o mandou como delegado à Assembléia-Geral das Nações Unidas em 1964. No ano seguinte, Che foi secretamente combater no Congo, à frente de soldados cubanos. Ali, paralisado por incompreensíveis rivalidades tribais, derrotado no campo de batalha e abatido pela diarréia, Che propôs a seus comandados lutar até a morte. Mas foi demovido do propósito pela soldadesca, que não aceitou o sacrifício numa guerra sem sentido.
Daí em diante o argentino tornou-se uma figura patética. Em Havana, Fidel divulgara a carta em que ele renunciava à cidadania cubana e anunciava sua disposição de levar a guerra revolucionária a outras plagas. Pego de surpresa pela leitura prematura do documento, Che ficou no limbo, sem ter para onde voltar. "Sua vida foi uma seqüência de fracassos", disse a VEJA o historiador cubano Jaime Suchlicki, da Universidade de Miami. "Como médico, nunca exerceu a profissão. Como ministro e embaixador, não conseguiu o que queria. Como guerrilheiro, foi eficiente apenas em matar por causas sem futuro." Na falta de opções, Che escolheu a Bolívia para sua nova aventura guerrilheira. Ele lutaria em território montanhoso e inóspito, imerso na selva, sem falar o dialeto indígena dos camponeses bolivianos. O plano original era adentrar, pela fronteira, a província argentina de Salta. Mas um contigente exploratório foi aniquilado rapidamente pelo exército daquele país. A missão boliviana era, de todos os pontos de vista, suicida. Ainda assim, Fidel a apoiou, a ponto de designar alguns soldados de seu exército para o destacamento guerrilheiro. O ditador cubano também equipou e financiou a expedição, com a qual manteve contato até que seu fracasso se tornou evidente.
Além da falta de apoio do povo boliviano, que tratou os cubanos chefiados por Che como um bando de salteadores, a expedição fracassou também pela traição do Partido Comunista Boliviano. VEJA perguntou a um de seus mais altos dirigentes dos anos 60, Juan Coronel Quiroga: "O PCB traiu Che Guevara?". Resposta de Quiroga: "Sim". A explicação? "Nosso partido era afinado com Moscou, onde a estratégia de abrir focos de guerrilha como a de Che estava há muito desacreditada." Quiroga era amigo pessoal do então ministro da Defesa da Bolívia e conseguiu que as mãos do cadáver de Che Guevara fossem decepadas, mantidas em formol e entregues a ele. "Por anos guardei as mãos de Che debaixo da minha cama em um grande pote de vidro. Um dia meu filho deparou com aquilo e quase entrou em pânico", conta Quiroga. Anos mais tarde, coube a Quiroga a missão de entregar o lúgubre pote com as mãos de Guevara à Embaixada de Cuba em Moscou.
A morte de Che foi central para a estabilização do regime cubano nos anos 60, de acordo com o polonês naturalizado americano Tad Szulc, na sua celebrada biografia de Fidel. O fim do guerrilheiro argentino ajudou o ditador a pacificar suas relações com Moscou e ainda lhe forneceu um ícone de aceitação mais ampla que a própria revolução. O esforço de construção do mito foi facilitado por vários fatores. Quando morreu, Che era uma celebridade internacional. Boa-pinta, saía ótimo nas fotografias. A foto do pôster que enfeita quartos de milhões de jovens foi tirada num funeral em Havana, ao qual compareceram o filósofo francês Jean-Paul Sartre – que exaltou Che como "o mais completo ser humano de nossa era" – e sua mulher, a escritora Simone de Beauvoir. A foto de 1960 só ganhou divulgação mundial sete anos depois, nas páginas da revista Paris Match. Dois meses mais tarde, Che foi morto na selva boliviana e Fidel fez um comício à frente de uma enorme reprodução da imagem, que preenchia toda a fachada de um prédio público cubano. Nascia o pôster.
Três fatos ajudaram a consolidar o mito. O primeiro foi a morte prematura de Che, que eternizou sua imagem jovem. Aos 39 anos, ele estava longe de ser um adolescente quando foi abatido, mas a pinta de galã lhe garantia um aspecto juvenil. O fim precoce também o salvou de ser associado à agonia do comunismo. A decadência física e política de Fidel Castro, desmoralizado pela responsabilidade no isolamento e no atraso econômico que afligem o povo cubano, dá uma idéia do que poderia ter acontecido com Che, que era apenas dois anos mais jovem que o ditador. PARA IMPRESSIONAR "IKE"
Guevara e Fidel em jogo-treino de golfe para disputar uma partida, que nunca houve, com Eisenhower em Washington: "Fidel ganhou, mas Che o deixou ganhar"
O segundo fato foi a ajuda involuntária de seus algozes. Preocupados em reunir provas convincentes de que o guerrilheiro célebre estava morto, os militares bolivianos mandaram lavar o corpo e aparar e pentear sua barba e seu cabelo. Também resolveram trocar sua roupa imunda. Tudo isso para poder tirar fotos em que ele fosse facilmente identificado. O resultado é um retrato com espantosa semelhança com as pinturas barrocas do Cristo morto de expressão beatificada. A terceira contribuição recebida pelos esquerdistas na construção do mito veio do contexto histórico. Che morreu às vésperas dos grandes protestos em defesa dos direitos civis, da agitação dos movimentos estudantis e da revolução de costumes da contracultura – turbulências que marcaram o ano de 1968. Era um personagem perfeito para ser símbolo da juventude de então, que se definia pela "determinação exacerbada e narcisista de conseguir tudo aqui e agora", como escreveu o mexicano Jorge Castañeda, em sua biografia de Che. A história, no entanto, mostra que o homem era muito diferente do mito. Mas quem resiste? Neste mês, nos Estados Unidos, o cubano Gustavo Villoldo, chefe da equipe da CIA que participou da captura do guerrilheiro, vai leiloar uma mecha de cabelo de Che.
Se houve um ganhador da Guerra Fria, foi Che Guevara. Ele morreu e foi santificado antes que seu narcisismo suicida e os crimes que decorreram dele pudessem ser julgados com distanciamento, sob uma luz mais civilizada, que faria aflorar sua brutalidade com nitidez. Pobre Fidel Castro. Enquanto Che foi cristalizado na foto hipnótica de Alberto Korda, ele próprio, o supremo comandante, aparece cada dia mais roto, macilento, caduco, enquanto se desmancha lentamente dentro de um ridículo agasalho esportivo diante das lentes das câmeras da televisão estatal cubana. O método de luta política que Guevara adotou já era errado em seu tempo. No rastro de suas concepções de revolução pela revolução, a América Latina foi lançada em um banho de sangue e uma onda de destruição ainda não inteiramente avaliada e, pior, não totalmente assentada. O mito em torno de Che constitui-se numa muralha que impediu até agora a correta observação de alguns dos mais desastrosos eventos da história contemporânea das Américas. Está passando da hora de essa muralha cair.
A FRASE MAIS FAMOSA ATRIBUÍDA A GUEVARA É...
"Há que endurecer-se, mas sem jamais perder a ternura."
...OUTRAS MENOS CONHECIDAS REVELAM SUA REAL PERSONALIDADE:
"Estou na selva cubana, vivo e sedento de sangue."
Carta à esposa, Hilda Gadea, em janeiro de 1957
"Fuzilamos e seguiremos fuzilando enquanto for necessário. Nossa luta é uma luta até a morte." Discurso na Assembléia-Geral da ONU, em 11 de dezembro de 1964
"O ódio intransigente ao inimigo (...) converte (o combatente) em uma efetiva, seletiva e fria máquina de matar. Nossos soldados têm de ser assim."
Revista cubana Tricontinental, em maio de 1967

O mundo tomou outro rumo
CUBA
Apesar de tentar exportar sua revolução, a ilha tornou-se a vitrine de seu fracasso. Sem liberdade política nem econômica, o país é um museu de prédios, carros e dirigentes decrépitos, onde comida, combustíveis e energia são racionados.
BOLÍVIA
O foco guerrilheiro de Guevara foi derrotado pela população pobre da Bolívia, que negou ajuda e ainda delatou o grupo.
CONGO
Guevara e um contingente de cubanos lutaram ao lado do chefe tribal Laurent Kabila contra o coronel Mobutu. Em 1997 Kabila finalmente derrubou Mobuto, mas foi assassinado em 2001. Em seu curto governo, 3 milhões de pessoas foram mortas em guerras tribais.
CHINA
A ideologia de Mao Tsé-tung, que Guevara citava como modelo de comunismo, foi sepultada pelos chineses.
COMUNISMO
Depois da queda do Muro de Berlim, a ideologia será lembrada sobretudo como a responsável pela morte de 100 milhões de pessoas.
VIETNÃ
Na frase famosa, Guevara propôs criar "dois, três, muitos Vietnãs". Acertou. A globalização da economia está criando Vietnãs pelo mundo – países adeptos da economia de mercado, com rápido crescimento econômico e aliados dos Estados Unidos.
"A ordem de execução veio pelo rádio"
O ÚLTIMO DIA DO GUERRILHEIRO
Maltrapilho e sujo, Guevara posa com os soldados que o capturaram na vila de La Higuera, onde seria morto. A seu lado, assinalado, está o agente da CIA Felix Rodríguez. À direita, Felix hoje, em Miami
Felix Rodríguez foi uma das últimas pessoas a conversar com Che Guevara. Mais do que isso, foi ele quem recebeu e transmitiu a ordem para que o guerrilheiro fosse executado. Cubano exilado nos Estados Unidos, ele era o operador de rádio enviado à Bolívia pela CIA para auxiliar na caçada e, também, para ajudar a identificar Guevara. Veterano da fracassada invasão da Baía dos Porcos, em 1961, Rodríguez vive hoje em Miami, aos 66 anos. Ele falou ao repórter Duda Teixeira.

COMO CHEGOU A ORDEM PARA MATAR CHE?
As instruções que recebi nos Estados Unidos eram para poupar sua vida. A CIA sabia da divergência de idéias entre Che e Fidel e acreditava que, a longo prazo, ele poderia cooperar com a agência. A ordem para sua execução veio por rádio, de uma alta autoridade boliviana. Era uma mensagem em código: "500, 600". O primeiro número, 500, significava Guevara. O segundo, que ele deveria ser morto. Tentei em vão convencer os militares bolivianos a permitir que ele fosse levado para ser interrogado no Panamá. Eles negaram meu pedido e me deram um prazo. Eu deveria entregar o corpo de Guevara até as 2 horas da tarde. Perto das 11h30, uma senhora aproximou-se de mim e perguntou quando iríamos matá-lo, pois ouvira no rádio que Che havia morrido em combate. Naquele momento compreendi que a decisão de executá-lo era irrevogável.
COMO FOI SUA ÚLTIMA CONVERSA COM ELE?
Fui até o local de seu cativeiro e disse a ele que lamentava, mas eram ordens superiores. Che ficou branco como um papel. "É melhor assim. Eu nunca deveria ter sido capturado vivo", falou. Tirou o cachimbo da boca e me pediu para que o desse a um dos soldados. Ofereci-me para transmitir mensagens à sua família. "Diga a Fidel que esse fracasso não significa o fim da revolução, que logo ela triunfará em alguma parte da América Latina", ele falou em tom sarcástico. Aí lembrou da esposa. "Diga a minha senhora que se case outra vez e trate de ser feliz." Foram suas últimas palavras. Apertou a minha mão e me deu um abraço, como se pensasse que eu seria o carrasco. Saí dali e avisei a um tenente armado com uma carabina M2, automática, que a ordem já tinha sido dada. Recomendei a ele que atirasse da barba para baixo, porque se supunha que Che havia morrido em combate. Eram 13h10 quando escutei o barulho de tiros. Che Guevara tinha sido morto.
COMO FOI O SEU PRIMEIRO CONTATO COM CHE GUEVARA?
Cheguei a La Higuera de helicóptero em 9 de outubro, um dia depois da captura de Che Guevara. Eu o encontrei com os pés e as mãos amarrados, ao lado dos corpos de dois cubanos. Sangrava de uma ferida na perna. Era um homem totalmente arrasado. Parecia um mendigo.
COMO FORAM SUAS CONVERSAS COM CHE?
Nós nos tratamos com respeito. Eu o chamava de comandante. Falamos de Cuba e de outras coisas, mas ele permanecia calado quando as perguntas eram de interesse estratégico. Houve momentos em que não consegui prestar atenção ao que ele dizia. Ao olhar aquele homem derrotado, vinha-me à mente sua imagem no passado, sempre altiva e arrogante.
COMO FORAM AS RELAÇÕES DE CHE COM A POPULAÇÃO NA BOLÍVIA?
Para sobreviver, é essencial que uma força guerrilheira conte com o apoio da população local. A aventura de Che na Bolívia foi um caso único em que uma guerrilha não conseguiu recrutar um único morador da área onde atuou. Só um agricultor ganhou a confiança dos guerrilheiros, e mesmo esse acabou por passar informações que permitiram ao Exército armar uma emboscada. Os poucos bolivianos que participaram da guerrilha eram dissidentes do Partido Comunista. Nenhum camponês.
POR QUE O SENHOR FOI ENVIADO À BOLÍVIA?
O Exército boliviano estava totalmente despreparado para enfrentar uma guerrilha. A maior parte dos soldados trabalhava na construção de estradas e provavelmente jamais dera um tiro de fuzil. Nos primeiros embates, os guerrilheiros aprisionavam os soldados, tiravam suas roupas e os soltavam. Foi então que o governo boliviano pediu ajuda aos Estados Unidos.
Limparam Che para a foto
No dia de sua morte, amarrado ao esqui de um helicóptero militar, Che Guevara foi levado do local da execução para um vilarejo chamado Vallegrande. A brasileira Helle Alves, repórter, e o fotógrafo Antonio Moura, então trabalhando para o Diário da Noite, de São Paulo, viram a chegada do corpo, que foi levado para a lavanderia do hospital local (acima). Ali, Moura foi o único jornalista a fotografar o corpo de Guevara ainda sujo, vestido de trapos e calçado com o que sobrou de uma botina artesanal de couro (abaixo). Moura conseguiu fotografar o corpo antes da limpeza e da arrumação. "Che usava um calço em um dos calcanhares, provavelmente para corrigir uma diferença de tamanho entre uma perna e outra", lembra Helle. Ela contou pelo menos dez marcas de tiro no corpo do argentino. "Os moradores tinham raiva dele e invadiram a lavanderia, mas, quando viram o corpo, passaram a dizer que ele parecia Jesus Cristo." Começara o mito.
Ele está em toda parte O retrato de Che feito por Alberto Korda em 1960 é agora uma imagem de múltiplos significados: é pop no biquíni da Cia. Marítima vestido por Gisele Bündchen e uma manifestação de truculência e mau humor nas tatuagens de Maradona e Mike Tyson
Revista Veja, Setembro 29, 2007

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Marina ignora projetos do Acre

Dos 13 milhões que tem direito de apresentar ao orçamento da União, segundo o vereador Rodrigo Pinto, a senadora Marina Silva não destinou um centavo para o Acre. O vereador integrou a comissão de parlamentares que foram ao Congresso Nacional garantir recursos para a construção da nova sede do poder legislativo.
De pires nas mãos, a comissão composta por seis vereadores, presidida pelo presidente da Câmara Municipal, Elias Campos (PRP) e o prefeito Raimundo Angelim bateu nas portas de todos os deputados federais e senadores. O resultado, segundo Rodrigo Pinto foi animador.
- O senador Tião Viana (PT) foi o que mais contribui com recursos para nova sede. Arrecadamos R$ 4 milhões e poderíamos ter saído com a obra garantida se a senadora Marina Silva tivesse se sensibilizado com a causa. Ela nem nos recebeu – comentou Pinto.
Ainda segundo o vereador, através dos assessores do gabinete da senadora, a comissão foi informada que todas as emendas de Marina já estavam comprometidas com ONG´s de Estados brasileiros e até organizações internacionais.
- Ela não teve compromisso com a sociedade acreana. Não fomos pedir recursos individuais. O novo projeto da Câmara contempla ações de cultura e desporto. O prédio abrigará espaços para seminários e debates. É um espaço do povo e Marina deu as costas para esse objetivo – afirmou o vereador peemedebista.
Com os recursos que serão destinados pelas emendas parlamentares, já são R$ 6,5 milhões destinados à construção da nova sede. Pinto garantiu que em 2011, o primeiro bloco que contempla o plenário e as assessorias jurídicas e administrativa estarão prontos.
- Nosso objetivo é inaugurar todo o complexo legislativo em 2012, mas se a obra for licitada agora, em 2011 já estaremos no primeiro bloco da casa nova – garantiu Pinto.
O mandato da senadora Marina Silva na 53º Legislatura, encerra no dia 31/01/2011. Por telefone, o ac24horas não conseguiu falar com a senadora.

http://www.ac24horas.com/portal/index.php?option=com_content&view=article&id=14046:segundo-pinto-marina-nao-destinou-verbas-individuais-para-o-acre&catid=35:manchete&Itemid=133

Deputado carioca diz que ter filho gay é falta de “porrada”

O militar e deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ) sugeriu que os pais deveriam bater nos filhos com tendências homossexuais para mudarem de comportamento. A afirmação foi feita ao programa "Participação Popular", da TV Câmara.

Os deputados Jair Bolsonaro e Paulo Henrique Lustosa (PMDB/CE), presidente da Frente Parlamentar da Criança e do Adolescente, discutiam sobre a Lei da Palmada, quando Bolsonaro afirmou: “O filho começa a ficar assim meio gayzinho, leva um coro, ele muda o comportamento dele. Olha, eu vejo muita gente por aí dizendo: ainda bem que eu levei umas palmadas, meu pai me ensinou a ser homem”.

Meu amigo Sanderson

Meu amigo e brilhante jurista acriano Dr. Sanderson Moura, irá receber os amigos no Memorial dos Autonomistas dia 02 de dezembro deste ano, às 19:30, para o lançamento do seu primeiro livro. Quem quiser mais informações é só clickar no blog do autor.

Nova doença descoberta

Enfermidade ainda não aceita pela classe médica.
Entretanto, milhões de pessoas em todo mundo padecem deste mal e esperam a aprovação da Organização Mundial de Saúde para que se estude e se encontre a cura para esta mortal enfermidade que, cada dia, é adquirida por milhares de pessoas.
Se você tiver 3 ou mais sintomas indicados abaixo é sinal de alerta vermelho!!!!
SINTOMAS QUE DEFINEM O APARECIMENTO DESTA PATOLOGIA:
1.- Se um café te provoca insônia.
2.- Se uma cerveja te leva direto ao banheiro.
3.- Se tudo te parece muito caro.
4.- Se qualquer coisa te altera.
5.- Se todo pequeno excesso alimentar te provoca aumento de peso.
6.- Se a feijoada "cai" como chumbo no estômago.
7.- Se o sal sobe a tua pressão arterial.
8.- Se em uma festa pedes a mesa mais distante possível da música e das pessoas.
9.- Se o amarrar os sapatos te produz dor nos quadris.
10.- Se a TV te provoca sono.
Todos esses sintomas são prova irrefutável que padeces de Sefoia
SE-FOI-A juventude !!!!!!!!!!

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Lição de vida

Sempre gostei de refletir a respeito dos "velhos ditados". Nessa "história" cabe bem um que é muito usado: "as aparências se enganam"
Estava fazendo compras no SUPERMERCADO e uma velhinha me seguia pelas gôndolas, sempre sorrindo.
Eu parava para pegar algum produto, ela parava e sorria: uma graça a velhinha!
Já na fila do caixa, ela estava na minha frente com seu carrinho abarrotado, sorrindo:
- Espero não tê-lo incomodado, mas você se parece muito com meu falecido filho...
Com um nó na garganta, respondi não haver problema, tudo estava bem.
- Posso lhe pedir algo incomum? disse-me a senhora idosa.
- Sim. Se eu puder lhe ajudar...
- Você pode se despedir de mim dizendo "Adeus, mamãe, nos vemos depois" ? Assim dizia meu filho querido... ficarei muito feliz!
- Claro senhora, não há nenhum problema, disse eu para alegria da velhinha.
A velhinha passou a caixa registradora, se voltou sorrindo e, agitando sua mão, disse:
- ADEUS filho...
Cheio de amor e ternura, lhe respondi efusivamente:
- ADEUS mamãe, nos vemos depois?
- Sim... nos vemos depois, querido!
Contente e satisfeito com o pouco de alegria dado à velhinha, passei minhas compras.
- R$ 554,00, diz a moça do caixa.
- Tá louca? Dois sabonetes e duas pilhas?
- Mas as compras da sua mãe..... ela disse que você pagaria!!!!!
- VELHA FILHA DA PUTA!!

Casamento é complicado

Um dia, um homem de tão cansado de ouvir a mulher reclamar e não ser reconhecido por tudo que fazia, disse que ia na esquina comprar cigarros... e desapareceu.
Não é força de expressão ou sentido figurado, ele disse exatamente isto:
- Vou ali na esquina comprar cigarro e já volto.
Ficou dez anos desaparecido.
Há algum tempo, reapareceu. Bateu na porta, a esposa foi abrir, e lá estava ele. Dez anos mais velho, mas era ele. Quieto, parado à porta sem dizer uma palavra.
A esposa despejou sua revolta em cima dele:
-Seu isso! Seu aquilo! Então você diz que vai na esquina comprar cigarro e desaparece? Me abandona, abandona as crianças, fica dez anos sem dar notícias, me faz criar as crianças sozinha e ainda tem o desplante, a cara de pau, o acinte, a coragem de reaparecer deste jeito? Pois você vai me pagar. Fique sabendo que você vai ouvir poucas e boas. Essa eu não vou lhe perdoar nunca. Está ouvindo? Nunca! Entre, mas prepare-se para...
Nisso, o marido deu um tapa na testa e disse:
PUTZ! Esqueci os fósforos... Já volto.

comemoração

Um casal está comemorando o 70º aniversário de casamento, com um jantar em um pequeno restaurante no campo. O marido se inclina e pergunta para a esposa:
- Meu bem, você se lembra da nossa primeira vez, há setenta anos atrás? Nós fomos para a parte de trás do restaurante, você se apoiou na cerca e...
- Eu lembro muito bem. - responde ela.
- O que você acha de repetirmos agora, em louvor aos velhos tempos?
- Oh, você é um sátiro, mas parece uma boa idéia!
Um policial sentado ao lado ouve a conversa e pensa:
Essa eu não posso perder:
Tenho que ver os coroas fazendo sexo, lá na cerca.
Eles saem e caminham até lá, se apoiando um ao outro, ajudados por bengalas.
Chegam à cerca, a velha senhora ergue a saia, tira a calcinha, o coroa baixa as calças.
Ela se agarra na cerca e começam a fazer sexo. De repente, explodem no sexo mais furioso que o policial já tinha visto na vida.
Repetem dezenas de vezes. Ela grita, ele agarra os quadris dela, furiosamente. O sexo mais atlético possível e imaginável.
Finalmente caem exaustos no chão e depois de mais de meia hora deitados se recuperando, os dois se levantam, apanham as roupas espalhadas e se vestem.
O policial, ainda perplexo, toma coragem, se aproxima do casal e pergunta:
- Vocês devem ter tido uma vida fantástica! Como vocês conseguem?
Qual é o segredo dessa performance ideal?
- O velhinho com os cabelos assanhados e cara de estar em outro mundo responde:
Sei lá...... Setenta anos atrás essa cerca não era elétrica...

sábado, 20 de novembro de 2010

Pessoas que admiro - Tenório Cavalcanti

Hoje presto uma homenagem ao homem da capa preta, o grande Tenório Cavalcanti.

Frases de Tenório Cavalcanti


Natalício Tenório Cavalcanti de Albuquerque, que se popularizou como Tenório Cavalcanti, foi um dos mais famosos migrantes que vieram do Nordeste para a Baixada Fluminense. Nascido em Quebrangulo, em Palmeira dos Índios, no Alagoas, no dia 27 de setembro de 1906, transferiu-se para o Rio de Janeiro em 1926, em busca de emprego. Após exercer diversas atividades profissionais, em 1927 tornou-se administrador de uma fazenda em Santa Cruz da Serra, em Duque de Caxias, e depois fiscal da Prefeitura de Nova Iguaçu. Com o tempo, adquiriu fama de pistoleiro, chamado de “O homem da Capa Preta”, envolvendo-se com as tramas políticas da região, onde enriqueceu e tornou-se uma poderosa e polêmica figura política, depois de criar um eficiente sistema clientelista. No Rio, formou-se em Direito pela Universidade do Brasil.
Sua carreira política começou em 1936, quando elegeu-se para a Câmara de Nova Iguaçu, cumprindo mandato até a decretação do Estado Novo. Em 1945, filiou-se à União Democrática Nacional, elegendo-se deputado na Assembléia Constituinte estadual em 1947, fazendo oposição ao pessedista Amaral Peixoto. Eleito em 1950 para a Câmara dos Deputados novamente pela UDN, com a quarta maior votação do Estado, incorporou definitivamente a imagem de líder carismático dos migrantes nordestinos, empunhando sua metralhadora e envergando uma enigmática capa preta.
Em 1954 fundou o jornal “Luta Democrática”, obtendo nas eleições daquele ano a maior votação para deputado federal do estado. Novamente eleito em 1958 com a maior votação do Estado, candidatou-se dois anos depois ao governo da Guanabara na legenda do Partido Social Trabalhista (PST), sendo o terceiro mais votado. Derrotado no pleito para o governo do estado do Rio de Janeiro, elegeu-se novamente em 1962 para a Câmara, onde permaneceu até sua cassação, em junho de 1964.
Durante os primeiros dias do golpe militar de abril 1964, abrigou em sua Fortaleza, erguida na Avenida Presidente Kennedy, no centro da cidade, alguns perseguidos, como José Serra e Marcelo Cerqueira (Presidente e Vice da UNE). A famosa residência do político entrou para a história em 1954, quando foi cercada por tropas do Exército, que ameaçava invadi-la caso ele não se entregasse. Mas tudo se resolveu sem nenhuma baixa. Depois de ficar fechada por cerca de duas décadas, a Fortaleza passou a abrigar, a partir de 2004, um centro profissionalizante do Governo do Estado e uma drogaria. Um dos netos do político, Fábio Tenório, disse na época que o local abrigaria também um museu sobre Tenório, um centro cultural, biblioteca e um centro social com atendimento gratuito.
Orador brilhante, Tenório tinha fama de não fugir de confronto, mesmo que tivesse de sacar sua arma. Orgulhava-se das dezenas de cicatrizes pelo corpo. Foi o idealizador da Vila São José, um conjunto residencial no 1º Distrito, para abrigar os sobreviventes de um inundação na região nos anos 50 e onde residiu até sua morte, no dia 5 de maio de 1987, 1º Distrito de Duque de Caxias, deixando três filhas (Maria do Carmo Cavalcanti Fortes, Maria Helena Cavalcanti e Sandra Cavalcanti Freitas Lima) e 11 netos. Ali, possuía uma chácara, com um pequeno zoológico com várias espécies de aves e um lago, que abria para a comunidade na época das férias. Um ano antes de sua morte, foi lançado o filme “O Homem da Capa Preta”, sobre sua vida, cujo papel principal foi interpretado por José Wilker. Sobre o que achou do filme, Tenório disse a este jornalista, ao ser perguntado se o mesmo abordou corretamente sua vida, após a exibição do mesmo na pré-estréia, no antigo Cine Paz, na Praça do Pacificador, disse apenas que “nem tudo se passou” como foi mostrado mas que sabia que cinema era “assim mesmo”. Ele fez questão de comparecer ao cinema mesmo com a saúde abalada e amparado por familiares.
Um episódio que ganhou repercussão nacional e colocou a cidade no noticiário por muitas semanas, foi o assassinato do delegado Albino Imparato e do seu auxiliar Bereco, no dia 28 de agosto de 1953. O delegado havia chegado a Duque de Caxias com ordem de seus superiores de encontrar um jeito de colocar Tenório na cadeia. Evidentemente não conseguiu tal proeza. As investigações apontavam para o deputado Tenório como mentor e mandante do crime, diante das públicas divergências entre o parlamentar e o delegado, e seu primo Pedro Tenório como o autor dos disparos. O crime ocorrera depois de um tiroteio, na entrada da Associação Comercial, onde se realizava parte da programação em homenagem ao "Dia do Soldado", envolvendo o deputado e adversários políticos do PSD, na época chefiado pelo empresário Tupynambá de Castro. O delegado foi morto, na verdade, segundo as autoridades da época, por haver desafiado a autoridade de Tenório, que, protegido pela imunidade parlamentar, nunca foi levado ao banco dos réus pelas dezenas de crimes que a polícia atribuiu a ele.

Mas informações no winkipédia, sobre Tenório.

Terapia em grupo

Quatro pacientes estão reunidos na sala, com o seu terapeuta.
O terapeuta pede que se apresentem, que digam qual é sua atividade, e comentem, porque a exercem.
O primeiro diz:
- Me chamo Francisco, sou médico porque me agrada tratar da saúde e cuidar das pessoas.
- O segundo se apresenta:
- Me chamo Angelo. Sou arquiteto porque me preocupa a qualidade de vida das pessoas e como vivem.
- A terceira fala:
- Meu nome é Maria e sou lésbica.
Sou lésbica porque adoro peitos e bundas femininas e fico louca só de pensar em fazer sexo com mulheres.
- O quarto, um mineirinho, diz:
- Sô Tunico, e inté gorinha achava qui era pedrêro, mais cabei de discubrí qui sô é Lésbica...

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Pessoas que admiro - ACM

Para dar incio a série, um dos maiores e mais ilustres brasileiros.

"A política perdeu seu charme " (Maria Bethânia)

"Foi o exemplo do maior político brasileiro" ( Senador José Sarney )

" ACM e os baianos se fundem num só nome: BAHIA. Não consigo separar a palavra Bahia da palavra ACM " ( Jorge Amado - escritor falecido )

" Foi o maior político do Brasil, junto com Prestes e JK " ( FHC )

" Somente duas siglas pegaram no Brasil : ACM E JK, o resto é resto. "
(Antônio Carlos Magalhães - ACM )


Antônio Carlos Magalhães

Antônio Carlos Peixoto de Magalhães (Salvador, 4 de setembro de 1927São Paulo, 20 de julho de 2007) foi um empresário e político brasileiro com base eleitoral na Bahia, estado que governou por três vezes (duas vezes foi nomeado pelo Regime Militar Brasileiro), além de ter sido eleito senador em 1994 e em 2002. Egresso da UDN, ARENA e PDS, teve o PFL/DEM como sua última agremiação partidária. Era conhecido pelo acrônimo ACM.

Biografia

Filho de Francisco Peixoto de Magalhães Neto e Helena Celestina de Magalhães, iniciou sua vida política já nos tempos de estudante, tendo sido presidente do grêmio estudantil do Colégio Estadual da Bahia, do Diretório Acadêmico da Faculdade de Medicina e do Diretório Central dos Estudantes da Universidade Federal da Bahia (UFBA).
Formou-se então em Medicina pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal da Bahia em 1952 e logo foi alçado ao posto de professor-assistente no ano seguinte. Em 1954 foi eleito deputado estadual pela União Democrática Nacional (UDN), legenda pela qual foi eleito deputado federal em 1958 e 1962. Arguto, foi um dos grandes amigos do presidente Juscelino Kubitschek apesar de pertencerem a partidos opostos. Simpático aos movimentos que redundaram na deposição do presidente João Goulart através do Golpe Militar de 1964 e na consequente instauração do Regime Militar, ingressou na ARENA e foi reeleito deputado federal em 1966, entretanto quase não exerceu o mandato em virtude de ter sido nomeado prefeito de Salvador em 10 de fevereiro de 1967 pelo governador Luiz Viana Filho renunciando ao cargo em 6 de abril de 1970. Meses depois foi indicado como governador da Bahia pelo presidente Emílio Garrastazu Médici sendo referendado pela Assembleia Legislativa para um mandato de quatro anos. Ávido por fazer o sucessor (sua preferência recaia sobre Clériston Andrade) teve que se conformar com a indicação de Roberto Santos para sucedê-lo no Palácio de Ondina. Após passar oito meses fora do poder foi nomeado presidente da Eletrobrás pelo presidente Ernesto Geisel em novembro de 1975, cargo ao qual renunciou em 1978 a fim de ser indicado, com sucesso, para o seu segundo mandato como governador da Bahia, mandato cumprido integralmente.
Protagonizaria um dos episódios mais tensos da história política brasileira.
Na ocasião, Cavalcanti, ainda no mandato de deputado federal, discursava na Câmara dos Deputados. No discurso, acusava o então presidente do Banco do Brasil, Clemente Mariani, de desvio de verbas. Antônio Carlos Magalhães, então deputado e baiano como Mariani, defendera o conterrâneo respondendo que "vossa excelência pode dizer isso e mais coisas, mas na verdade o que vossa excelência é mesmo, é um protetor do jogo e do lenocínio, porque é um ladrão."
Tenório Cavalcanti, então, sacou o seu revólver e berrou: "Vai morrer agora mesmo!". Todos os membros da Câmara Federal correram para tentar impedir o assassinato. Segurando o microfone, Antônio Carlos Magalhães não se deu por vencido, mas tremendo gritou: "Atira!". Tenório, no fim, resolveu não atirar.[1]
O deputado Tenório Cavalcanti teve suas armas apreendidas e seus direitos políticos cassados pelo governo militar em 1964 com a interveniência direta de ACM.
Após a reformulação partidária filiou-se ao PDS em fevereiro de 1980 mantendo incólume sua condição de líder político apesar do duro golpe sofrido às vésperas das eleições de 1982 quando um acidente aéreo vitimou Clériston Andrade, candidato situacionista ao governo da Bahia. Refeito da tragédia, ACM indicou João Durval Carneiro como candidato a governador, opção afinal vitoriosa. Entusiasta da candidatura de Mário Andreazza à sucessão do presidente João Figueiredo, opôs-se firmemente ao nome de Paulo Maluf como candidato após sua vitória sobre Andreazza na convenção nacional do PDS realizada em 11 de agosto de 1984 pela contagem de 493 votos a 350. Episódio singular de sua postura antimalufista aconteceu três semanas após a convenção pedessista quando, na inauguração do novo terminal de passageiros do aeroporto de Salvador, o Ministro da Aeronáutica, Délio Jardim de Matos, criticou a postura dos dissidentes do PDS em favor da candidatura de Tancredo Neves no que ACM respondeu: "Trair a Revolução de 1964 é apoiar Maluf para presidente".
Decisivo para a vitória oposicionista no Colégio Eleitoral em 15 de janeiro de 1985, Antônio Carlos Magalhães foi indicado Ministro das Comunicações por Tancredo Neves sendo confirmado no cargo por José Sarney (aliás, foi o único ministro civil que permaneceu no cargo durante os cinco anos de governo do maranhense). Curiosamente ACM foi guindado à condição de ministro de estado ainda filiado ao PDS visto que só ingressaria no PFL em 6 de janeiro de 1986.
Seu grupo político sofreu uma derrota em 1986 quando Waldir Pires venceu Josaphat Marinho na disputa pelo governo do Estado, ano em que enfrentou um drama familiar sem precedentes: a morte de sua filha, Ana Lúcia Maron de Magalhães, No dia da eleição, agrediu um repórter da TV Itapoan, então afiliada do SBT. De volta à seara política o poderio de ACM na política estadual foi revigorado a partir da renúncia de Pires ao governo em 14 de maio de 1989 com o fito de concorrer ao cargo de vice-presidente da República (PMDB) na chapa de Ulysses Guimarães, intento que não sobreviveu ao primeiro turno das eleições. Ainda em 1989 ACM sofreu um infarto e teve que passar por uma cirurgia, o que não o impediu de ser eleito governador do estado em 1990 ainda em primeiro turno.
Aliado de Fernando Collor até a última hora, teve uma influência política reduzida durante o governo Itamar Franco, mas reverteu tal situação ao se posicionar como um dos artífices da aliança entre o PSDB e o PFL que elegeu o senador Fernando Henrique Cardoso presidente da República em 1994, mesmo ano em que Antônio Carlos Magalhães foi eleito senador pela Bahia e Paulo Souto governador do estado. Embora aliado importante do Governo Federal (seu filho, Luís Eduardo Magalhães, presidiu a Câmara dos Deputados entre 1995/1997), ACM se opôs com firmeza à liquidação do Banco Econômico expondo assim sua face de "Toninho Malvadeza", epíteto usado por adversários políticos que qualificavam sua ação política como "truculenta". Já seus acólitos preferiam identificá-lo como "Toninho Ternura".
Em 1996 seus aliados venceram as eleições para a Prefeitura de Salvador pela primeira vez na história com a candidatura de Antônio Imbassahy, que seria reeleito no ano 2000 na mais evidente prova de que o "carlismo" era a maior força política da Bahia. Eleito presidente do Senado Federal para o biênio 1997/1999 sofreu um duríssimo golpe com a morte de seu filho Luís Eduardo em 21 de abril de 1998, mesmo assim colheu importantes vitórias àquele mesmo ano com a reeleição de FHC para a Presidência da República e a de César Borges para o governo da Bahia. Foi reeleito presidente do Senado Federal para o biênio 1999/2001, tendo antes ocupado a Presidência da República entre 16 e 24 de maio de 1998 em razão de uma viagem do titular ao exterior, visto que tanto o vice-presidente Marco Maciel, quanto o presidente da Câmara dos Deputados, Michel Temer, estavam impedidos de assumir o cargo durante o período eleitoral sob pena de inelegibilidade.

Renúncia

A partir de abril do ano 2000 protagonizou uma série de ofensas e trocas de acusações com o senador paraense Jader Barbalho, contenda que tinha como pano de fundo a sucessão de ACM na presidência do Senado Federal. À medida que era criticado por seu contendor, Antônio Carlos respondia elevando cada vez mais o tom das críticas, fato que recrudesceu às vésperas da eleição para a mesa diretora do Senado em 14 de fevereiro de 2001 quando Jader, enfim, derrotou o senador Arlindo Porto (PTB-MG) e foi alçado à presidência da casa. Ao longo de seus embates com Jader (que recebera o apoio do PSDB para se eleger), ACM desfere críticas ao Governo Federal, a quem acusa de conivência com a corrupção, postura que leva à demissão os ministros Waldeck Ornélas (Previdência Social) e Rodolpho Tourinho (Minas e Energia), ambos indicados por ele, o que enfraqueceu sua posição nas hostes situacionistas. Dias depois surge a informação de que Antônio Carlos Magalhães tivera acesso a uma lista de votação onde constava o voto de cada um dos senadores que participaram da sessão que cassou o mandato do senador Luiz Estevão (PMDB-DF), acusado de envolvimento na obra superfaturada da sede do Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo. A referida lista teria sido apresentada a ACM pelo senador José Roberto Arruda (PSDB-DF), então líder do governo.
Alvos de um pedido de quebra de decoro parlamentar após uma investigação conduzida pelo Conselho de Ética do Senado, os dois parlamentares negaram envolvimento no caso, porém a confissão de Regina Borges, então diretora da Empresa de Processamento de Dados do Senado, de que a lista foi entregue por ela a Arruda a pedido do próprio senador e depois mostrada por este último a ACM tornou insustentável a posição dos dois que, sem saída, apresentaram seus pedidos de renúncia para evitar a cassação de seus mandatos e a consequente perda dos direitos políticos e assim Arruda renunciou em 24 de maio de 2001 e Antônio Carlos Magalhães no dia 30 de maio. Em lugar de ACM foi empossado seu filho, o empresário Antônio Carlos Magalhães Júnior. De volta a Bahia acompanhou os eventos que levariam Jader Barbalho a renunciar ao mandato de senador e nas eleições de 2002 colheu as últimas vitórias de seu esquema político com a volta de Paulo Souto ao governo e a conquista de mais um mandato de senador.

De volta ao Senado

Empossado em 1º de fevereiro de 2003 logo ACM interrompeu a "trégua política" concedida a Luiz Inácio Lula da Silva e passou a fazer uma oposição veemente ao governo e aos aliados deste, todavia o definhar de sua até então inabalável e incontestável liderança tomou forma em 2004 quando o oposicionista João Henrique Carneiro (PDT) foi eleito prefeito de Salvador em segundo turno ao derrotar o "carlista" César Borges e no ano seguinte foi a vez de Antônio Imbassahy deixar o PFL e se abrigar no PSDB.
Em 2006 seus candidatos a governador (Paulo Souto) e a senador (Rodolpho Tourinho) não foram reeleitos sendo derrotados respectivamente por Jaques Wagner (PT) e João Durval Carneiro (PDT), este último pai do prefeito de Salvador. Embora seu filho Antônio Carlos Magalhães Júnior tenha pendores políticos, a continuidade de sua vida política do clã parece uma tarefa que cabe a seu neto Antônio Carlos Magalhães Neto, eleito deputado federal em 2002 e 2006.

Empreendimentos da família

Seu filho, Antônio Carlos Magalhães Júnior, é presidente da Rede Bahia, que engloba diversas empresas do estado, principalmente de comunicação. São elas:

Governo da Bahia

Exerceu ACM três mandatos como governador da Bahia.
No primeiro governo foi eleito por via indireta - em plena Ditadura Militar - pelos deputados estaduais, ACM representava a ARENA (partido do Regime) e vinha de uma administração da Prefeitura da Capital onde arregimentara poderes que o capacitaram a receber o apoio total do sistema. Tomou posse a 15 de março de 1971, e o carlismo - então uma força restrita à capital - ganha todo o Estado. Já em seu discurso de posse, ACM não nega sua ambição:
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São palavras evangélicas: aquele a quem muito se entregou, muito mais se exigirá. Sei que recebo muito, diria mesmo que recebo tudo, e estou consciente de que os baianos poderão exigir de mim trabalho, seriedade no trabalho da administração, uma vida permanentemente voltada para o bem comum.
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ACM atuou durante a fase do Milagre econômico. A Bahia entrou em um processo acelerado de industrialização, com a instalação, em Camaçari, de indústrias no Polo Petroquímico. Na Capital, Salvador, governada por um fiel aliado (Clériston Andrade), ACM realiza obras de grande impacto, abrindo as chamadas "avenidas de vale", modernizando o tráfego da cidade e driblando sua topografia acidentada da parte velha. Também no turismo Salvador deu um importante salto: de 400 apartamentos em 1970, passou para 2400 ao fim de sua administração.
Ao largo das realizações da sua administração, crescia também a sua importância política no estado: faz o sucessor, Roberto Santos, além de manter sob sua égide o prefeito da capital. O carlismo consolida-se como a maior força política do Estado, e que cruzaria todo o final do século XX adentrando o XXI.
No segundo governo tomou posse à 15 de março de 1979, sucedendo a Roberto Santos - numa continuidade clara da primeira administração.
ACM, gozando de grande popularidade, mantinha sob sua égide a maioria ampla dos mais de trezentos prefeitos do Estado, e a quase totalidade das bancadas de deputados federais e estaduais - o que lhe credenciam a, pela primeira vez, intervir com voz ativa em assuntos federais, estando no poder o presidente General Figueiredo.
Em seu discurso de posse atesta esse domínio:
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Desde 1970, tive a honra de conduzir e liderar as insofismáveis vitórias da Arena em nosso estado, de tal forma que nem o mais impenitente adversário pôde levantar dúvidas quanto ao merecimento e à lisura do nosso trabalho. E foram essas vitórias que situaram, tão bem, a Bahia no cenário nacional.
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Também o prefeito da capital é homem de sua confiança: Mário Kertész - que já lhe servira como secretário, no governo anterior.
Estende seu poder também ao Poder Judiciário, ao nomear seu Chefe da Casa Civil, o advogado Paulo Furtado, para o cargo de desembargador - sem que este jamais houvesse exercido a magistratura: na Bahia. Este mandato também fora conquistado de forma indireta.
No terceiro governo, com a renúncia do governador Waldir Pires em 14 de maio de 1989, ACM chamou novamente a si a tarefa de disputar o cargo máximo do estado. Pela primeira vez disputando um pleito direto, já dono de vasta rede de telecomunicações, tem como seu adversário o ex-afilhado Roberto Santos. A oposição é derrotada e ACM reconquista o poder ainda no primeiro turno.
O carlismo assenta-se, de forma quase definitiva, na Bahia, referendado desta vez pela legitimidade das eleições. ACM não voltou a perder mais o governo do Estado, nele colocando seus aliados, por sucessivos mandatos. Dirigiu então, cada vez mais, suas atenções para Brasília, paulatinamente promovendo a imagem de seu filho Luís Eduardo Magalhães.

Falecimento

Antônio Carlos Magalhães já estava internado havia cerca de quarenta dias, depois de uma infecção generalizada a qual o forçou a ser sedado e depender de aparelhos. Sofreu uma parada cardíaca, que piorou o quadro clínico do político, levando-o ao falecimento às 11 horas e 40 minutos do dia 20 de julho de 2007, no InCor (Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo), por falência múltipla dos órgãos e insuficiência cardíaca.
Com sua morte, aos 79 anos, ACM foi substituído por seu filho, Antônio Carlos Magalhães Júnior, que assumiu a vaga como suplente até o final da legislatura já iniciada pelo senador, que se encerra no ano de 2011. O senador foi enterrado no cemitério do Campo Santo, no centro da capital baiana, ao lado de seu outro filho, Luís Eduardo Magalhães.