segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Querer atenção e ser o centro das atenções.


           Neste final de semana, entre um livro e outro, liguei a televisão no SBT, e por algum tempo fiquei assistindo o programa Super Nanny (um programa que uma senhora ensina como a melhor relação entre pais e crianças “problemáticas”).
Em resumo a situação era a seguinte, uma mãe de dois filhos, acredito que a idade seria entre 5 a 8 anos, trabalhava todo o dia e os meninos ficavam na companhia dos avos maternos, posto que todos residem juntos.
Em certo momento a mãe dos meninos disse que o problema do mais velho é que ele queria ser o centro das atenções.
Não sou profissional de psicologia (apesar de ter muito interesse no tema), tive na faculdade a matéria de psiquiatria forense, porém uma vez um filosofo (não afirmo, mas creio ter sido Voltaire) disse: “o Advogado é um técnico em cultura geral”.
Fiquei pensando no que é ser o centro das atenções, cheguei a conclusão de que é a  necessidade daquela pessoa que precisa chamar a atenção, seja porque não capacidade de atrair os olhos dos que lhe cercam pela capacidade, seja por um espirito pequeno, seja por não ter amor próprio, enfim coisa de pessoas pequenas, de cabeças vazias, como diz minha mãe “pessoa de mente fraca”.
Entendi que aquela criança precisava de atenção, pois sua mãe chegava do serviço, dava banho nos filhos, colocava para jantar e depois dormir, tudo muito automático.
Não me pareceu que aquela mãe tivesse disposta a dar atenção, brincar com os seus filhos, não digo que lhe falta amor para dedicar aos seus, mas talvez lhe faltasse tempo e animo devido as suas atividades profissionais.
Muitas vezes, pais, filhos, irmãos, casais, amigos, precisam de atenção, carinho, afeto, mas não da forma que estamos ofertando e sim da forma que acalmem aqueles corações, e muitas vezes confundimos o querer atenção com querer ser o centro das atenções.
Naquele momento fiz uma reflexão de várias situações, como o casal aonde a esposa liga para o escritório, pergunta como foi o dia do marido, manda uma mensagem, e o mesmo ao invés de retribuir da mesma forma, trata a esposa com frieza, e ainda reclama para os amigos, essa mulher me enche, só quer chamar atenção. Não seria um caso de rever os conceitos e tentar entender aonde esta a carência e de dar mais amor e carinho?
O mesmo ocorre com os filhos, muitas crianças “rebeldes”, não precisam de grito e sim de um abraço carinho, um dia na companhia dos seus pais, um passeio no parque, uma tarde de futebol.
Algo que faça com que o ser humano, independente de tamanho, idade, cor, sexo, raça, condição financeira precisa, que é se sentir amado, importante e útil, seja para uma pessoa, seja para a coletividade.
Até nossos animais tem essa necessidade. Então conclamo meus leitores a uma reflexão do que é chamar atenção e querer ser o centro das atenções, antes de criticar, tentemos entender; antes de apontar, estendamos a mão.

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