sexta-feira, 19 de março de 2010

Dinheiro para salvar a Amazônia.

Enquanto for mais barato desmatar do que usar as tecnologias o desmatamento da nossa Amazônia não vai ter fim.
Não estou falando das multas exorbitantes que em sua maioria valem mais que o valor da própria terra multada. Falo é de levar tecnologia para aqueles que não tem acesso.
Desburocratizar o sistema de financiamentos ao pequeno, médio e grande produtor rural.
Queria entender porque em todo o mundo o produtor rural é tido como herói, recebendo incentivos, subsídios e proteção dos governos.
Aqui no Brasil o produtor rural só não apanha mais porque não tem como, creio que seja o único país do mundo que o produtor é tratado como bandido.
É muito fácil ser uma ambientalista das praias de copacabana ou sentado em um belo escritório na avenida paulista. Já que essas ONGs recebem tanto dinheiro, porque não vir aqui para dentro da floresta e trazer tecnologia a quem precisa, distribuir dinheiro para o melhoramento genético do rebanho, auxiliar e ensinar o produtor como usar corretamente as potencialidades de sua terra.
O Brasil tem uma vocação agrícola única no mundo e nossa Amazônia tem uma vocação de produção incrível, pois é o único lugar do mundo que progresso e preservação podem caminhar juntos, melhor podem galopar juntos.
Durante os 8 meses que estive sendo assessoria jurídico na promotoria especializada de defesa do meio ambiente da bacia hidrográfica do baixo Acre, cheguei a conclusão que o causador do desmate é o pequeno e médio produtor, todos tem boa vontade, eles até sabem que existem alternativas ao fogo e desmate, sabem que existem uma alternativa mas não sabem que alternativa é essa.
As leis, os projetos e as reprimendas saem muito bem dos gabinetes confortáveis em Brasília, chegam muito bem aos estados, mas o principal não ocorre que é chegar a quem realmente interessa.
Multar por multar não vai resolver nunca a questão da degradação ambiental.
O grande proprietário tem condições de contratar agrônomos, implementos e insumos agrícolas sem depender de financiamento, já aquele que mal consegue vender sua produção tem condições de alguma coisa nesse sentido?
Na Amazônia brasileiro muitas injustiças contra os produtores existem, dentre elas podemos citar as reservas indígenas (alguém sabe me explicar para que tanta terra pra índio?), tem também a questão da reserva legal, que considero a maior covardia contra o homem da Amazônia, ou seja, o produtor rural da Amazônia só pode produzir em no máximo 20% da propriedade, isso mesmo, O HOMEM DA AMAZÔNIA SÓ PODE SE UTILIZAR DE VINTE POR CENTO DO SEU PATRIMONIO.
No meu entendimento jurídico isso fere o direito sagrado à propriedade, mas isso é um outra questão.
Mas existem boas pessoas com boas intenções, cito aqui uma pessoa que muito admiro a Senadora Kátia Abreu (se Deus quiser a primeira mulher a presidir a nossa nação), que vem desenvolvendo um trabalho excelente na presidência da CNA – Confederação Nacional da Agricultura.
Como brasileiro, Acriano, Amazônida apaixonado pela nossa região, que os nossos governantes acabem as burocracias dos bancos de financiamento, que os nossos congressistas mudem as leis, e que os meninos das ONGs tirem seus traseiros de suas confortáveis cadeiras e adentrem na Amazônia levando tecnologia e auxilio ao produtor que vive isolado sem acesso a nada.

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