sexta-feira, 17 de maio de 2013

QUE BELO TEXTO, PARABÉNS ALEXANDRE GARCIA!!!

Não sei onde foi publicado o texto (meu correspondente nada disse),
nem mesmo se é verdadeiro. Pelo equilíbrio das ideias, deve ser mesmo
o Alexandre Garcia. Pode perfeitamente caber como um texto-base para
uma exposição àqueles que já esqueceram a história ou ,
propositadamente, não querem conhecê-la, ou mesmo desejam distorcê-la.
 Serve, inclusive, para nós, no contexto atual. Abs










Alexandre Paz Garcia
Gostaria de dizer algumas coisas sobre o que aconteceu no dia
31/03/1964 e nos anos que se seguiram. Porque concluo, diante do que
ouço de pessoas em quem confio intelectualmente, que há algo muito
errado na forma como a história é contada. Nada tão absurdo,
considerando as balelas que ouvimos sobre o "descobrimento" do Brasil
ou a forma como as pessoas fazem vistas grossas para as mortes e as
torturas perpetradas pela Igreja Católica durante séculos. Mas, ainda
assim, simplesmente não entendo como é possível que esse assunto seja
tão parcial e levianamente abordado pelos que viveram aqueles tempos
e, o que é pior, pelos que não viveram.
Nenhuma pessoa dotada de mediano senso crítico vai negar que houve
excessos por parte do Governo Militar. Nesta seara, os fatos falam por
si e por mais que se tente vislumbrar certos aspectos sob um prisma
eufemístico, tortura e morte são realidades que emergem de maneira
inegável.
Ocorre que é preciso contextualizar as coisas. Porque analisar fatos
extirpados do substrato histórico-cultural em meio ao qual eles foram
forjados é um equívoco dialético (para os ignorantes) e uma
desonestidade intelectual (para os que conhecem os ditames do
raciocínio lógico). E o que se faz com relação aos Governos Militares
do Brasil é justamente ignorar o contexto histórico e analisar seus
atos conforme o contexto que melhor serve ao propósito de denegri-los.
Poucos lembram da Guerra Fria, por exemplo. De como o mundo era
polarizado e de quão real era a possibilidade de uma investida
comunista em território nacional. Basta lembrar de Jango e Janio; da
visita à China; da condecoração de Guevara, este, um assassino cuja
empatia pessoal abafa sua natureza implacável diante dos inimigos.
Nada contra o Comunismo, diga-se de passagem, como filosofia. Mas
creio que seja desnecessário tecer maiores comentários sobre o grau de
autoritarismo e repressão vivido por aqueles que vivem sob este
sistema. Porque algumas pessoas adoram Cuba, idolatram Guevara e
celebram Chavez, até. Mas esquecem do rastro de sangue deixado por
todos eles; esquecem as mazelas que afligem a todos os que ousam
insurgir-se contra esse sistema tão "justo e igualitário". Tão belo e
perfeito que milhares de retirantes aventuram-se todos os anos em
balsas em meio a tempestades e tubarões na tentativa de conseguirem
uma vida melhor.
A grande verdade é que o golpe ou revolução de 1964, chame como
queira, talvez tenha livrado seus pais, avós, tios e até você mesmo e
sua família de viver essa realidade. E digo talvez, porque jamais
saberemos se isso, de fato, iria acontecer. Porém, na dúvida, respeito
a todos os que não esperaram sentados para ver o Brasil virar uma
Cuba.
Respeito, da mesma forma, quem pegou em armas para lutar contra o
Governo Militar. Tendo a ver nobreza nos que renunciam ao conforto
pessoal em nome de um ideal. Respeito, honestamente.
Mas não respeito a forma como esses "guerreiros" tratam o conflito. E
respeito menos ainda quem os trata como heróis e os militares como
vilões. É uma simplificação que as pessoas costumam fazer. Fruto da
forma dual como somos educados a raciocinar desde pequenos. Ainda
assim, equivocada e preconceituosa.
Numa guerra não há heróis. Menos ainda quando ela é travada entre
irmãos. E uma coisa que se aprende na caserna é respeitar o inimigo.
Respeitar o inimigo não é deixar, por vezes, de puxar o gatilho.
Respeitar o inimigo é separar o guerreiro do homem. É tratar com
nobreza e fidalguia os que tentam te matar, tão logo a luta esteja
acabada. É saber que as ações tomadas em um contexto de guerra não
obedecem à ética do dia-a-dia. Elas obedecem a uma lógica excepcional;
do estado de necessidade, da missão acima do indivíduo, do evitar o
mal maior.
Os grandes chefes militares não permanecem inimigos a vida inteira.
Mesmo os que se enfrentam em sangrentas batalhas. E normalmente se
encontram após o conflito, trocando suas espadas como sinal de
respeito. São vários os exemplos nesse sentido ao longo da história.
Aconteceu na Guerra de Secessão, na Segunda Guerra Mundial, no Vietnã,
para pegar exemplos mais conhecidos. A verdade é que existe entre os
grandes Generais uma relação de admiração.
A esquerda brasileira, por outro lado, adora tratar os seus
guerrilheiros como heróis. Guerreiros que pegaram em armas contra a
opressão; que sequestraram, explodiram e mataram em nome do seu ideal.
E aí eu pergunto: os crimes deles são menos importantes que os
praticados pelos militares? O sangue dos soldados que tombaram é menos
vermelho do que o dos guerrilheiros? Ações equivocadas de um lado
desnaturam o caráter nebuloso das ações praticadas pelo outro? Penso
que não. E vou além.
A lei de Anistia é um perfeito exemplo da nobreza que me referi
anteriormente. Porque o lado vencedor (sim, quem fica 20 anos no poder
e sai porque quer, definitivamente é o lado vencedor) concedeu perdão
amplo e irrestrito a todos os que participaram da luta armada. De lado
a lado. Sem restrições. Como deve ser entre cavalheiros. E por pressão
de Figueiredo, ressalto, desde já. Porque havia correntes pressionando
por uma anistia mitigada.
Esse respeito, entretanto. Só existiu de um lado. Porque a esquerda,
amargurada pela derrota e pela pequenez moral de seus líderes nada
mais fez nos anos que se seguiram, do que pisar na memória de suas
Forças Armadas. E assim seguem fazendo. Jogando na lama a honra dos
que tombaram por este país nos campos de batalha. E contaminando a
maneira de pensar daqueles que cresceram ouvindo as tolices ditas
pelos nossos comunistas. Comunistas que amam Cuba e Fidel, mas que
moram nas suas coberturas e dirigem seus carrões. Bem diferente dos
nossos militares, diga-se de passagem.
Graças a eles, nossa juventude sente repulsa pela autoridade. Acha
bonito jogar pedras na Polícia e acha que qualquer ato de disciplina
encerra um viés repressivo e antilibertário. É uma total inversão de
valores. O que explica, de qualquer forma, a maneira como tratamos os
professores e os idosos no Brasil.
Então, neste 31 de março, celebrarei aqueles que se levantaram contra
o mal iminente. Celebrarei os que serviram à Pátria com honra e
abnegação. Celebrarei os que honraram suas estrelas e divisas e não
deixaram nosso país cair nas mãos da escória moral que, anos depois, o
povo brasileiro resolveu por bem colocar no Poder.
Bem feito. Cada povo tem os políticos que merece.
Se você não gosta das Forças Armadas porque elas torturaram e mataram,
então, seja, pelo menos, coerente. E passe a nutrir o mesmo dissabor
pela corja que explodiu sequestrou e justiçou, do outro lado. Mas
tenha certeza que, se um dia for necessário sacrificar a vida para
defender nosso território e nossas instituições, você só verá um
desses lados ter honradez para fazê-lo.




ários coaqueles que, na hora da agressão e da adversidade, cumpriram o
duro dever de se opor a agitadores e terroristas de rmas na mão, para
que a Nação não fosse levada à anarquia". (Gen Walter Pires-Ex
Ministro do Exército)

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