Neste final de
semana, entre um livro e outro, liguei a televisão no SBT, e por algum tempo
fiquei assistindo o programa Super Nanny (um programa que uma senhora ensina
como a melhor relação entre pais e crianças “problemáticas”).
Em resumo a
situação era a seguinte, uma mãe de dois filhos, acredito que a idade seria
entre 5 a 8 anos, trabalhava todo o dia e os meninos ficavam na companhia dos
avos maternos, posto que todos residem juntos.
Em certo
momento a mãe dos meninos disse que o problema do mais velho é que ele queria
ser o centro das atenções.
Não sou
profissional de psicologia (apesar de ter muito interesse no tema), tive na
faculdade a matéria de psiquiatria forense, porém uma vez um filosofo (não
afirmo, mas creio ter sido Voltaire) disse: “o Advogado é um técnico em cultura
geral”.
Fiquei
pensando no que é ser o centro das atenções, cheguei a conclusão de que é
a necessidade daquela pessoa que precisa
chamar a atenção, seja porque não capacidade de atrair os olhos dos que lhe
cercam pela capacidade, seja por um espirito pequeno, seja por não ter amor próprio,
enfim coisa de pessoas pequenas, de cabeças vazias, como diz minha mãe “pessoa
de mente fraca”.
Entendi que
aquela criança precisava de atenção, pois sua mãe chegava do serviço, dava
banho nos filhos, colocava para jantar e depois dormir, tudo muito automático.
Não me pareceu
que aquela mãe tivesse disposta a dar atenção, brincar com os seus filhos, não
digo que lhe falta amor para dedicar aos seus, mas talvez lhe faltasse tempo e
animo devido as suas atividades profissionais.
Muitas vezes,
pais, filhos, irmãos, casais, amigos, precisam de atenção, carinho, afeto, mas
não da forma que estamos ofertando e sim da forma que acalmem aqueles corações,
e muitas vezes confundimos o querer atenção com querer ser o centro das
atenções.
Naquele
momento fiz uma reflexão de várias situações, como o casal aonde a esposa liga
para o escritório, pergunta como foi o dia do marido, manda uma mensagem, e o
mesmo ao invés de retribuir da mesma forma, trata a esposa com frieza, e ainda
reclama para os amigos, essa mulher me enche, só quer chamar atenção. Não seria
um caso de rever os conceitos e tentar entender aonde esta a carência e de dar
mais amor e carinho?
O mesmo ocorre
com os filhos, muitas crianças “rebeldes”, não precisam de grito e sim de um
abraço carinho, um dia na companhia dos seus pais, um passeio no parque, uma
tarde de futebol.
Algo que faça
com que o ser humano, independente de tamanho, idade, cor, sexo, raça, condição
financeira precisa, que é se sentir amado, importante e útil, seja para uma pessoa,
seja para a coletividade.
Até nossos
animais tem essa necessidade. Então conclamo meus leitores a uma reflexão do
que é chamar atenção e querer ser o centro das atenções, antes de criticar, tentemos
entender; antes de apontar, estendamos a mão.